segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

A Rainha Vermelha - Victoria Aveyard


A Rainha Vermelha tem sido um dos livros de ficção da categoria Young Adults mais vendidos do último um ano e meio, o que, decerto, desperta nossa curiosidade para saber o porquê. Será que é um livro tão bom assim para estar tão presente na lista dos 10 mais vendidos?
E é isso que despertou, inicialmente, minha vontade de ler tal livro. Além disso, ao visitar uma livraria e ver que a Editora Seguinte trabalhou tão bem em toda a arte do livro, desde a capa - da cor prata com letras e ilustração em alto relevo - até a folha de rosto decorativa, que dá certo charme ao livro, dá aquela grande vontade de acrescentá-lo à estante.
Admito que só fui ler a sinopse do livro (com atenção) após tê-lo comprado, antes de iniciar minha leitura, tudo porque quanto menos sei sobre a história, me sinto mais envolvida e surpresa. Um pouco arriscado, devo dizer, mas por gostar de temas relacionados a Monarquia (inclusive, estou escrevendo a resenha e assistindo The Crown hahaha), distopias e sociedade, me senti encorajada.
 

Vamos à história então: Mare Barrow, a protagonista, mora em Palafitas e costuma bater carteiras na cidade para ajudar a sua família a sobreviver com o pouco que tem. Mare é vermelha, assim como todas as pessoas do lugar onde mora - vermelha porque esta é a cor de seu sangue e todos que compartilham da mesma cor são marginalizados. A sociedade é dominada pela elite, os prateados; mas, afinal, o que os diferencia dos vermelhos? Prateados, carregam, junto ao seu sangue prata, poderes vistos como imbatíveis - ficar invisível, controlar o fogo, superforça e até mesmo manipular mentes.

Numa tentativa de salvar a si e ao seu melhor amigo Kilorn, que serão enviados para a guerra assim que completarem 18 anos, Mare acaba indo parar no palácio real e vê sua vida virada de cabeça para baixo. É num espetáculo de demonstração de poderes, no qual as candidatas a futura princesa fazem um pequeno show, que algo acontece: Mare descobre que tem um dom, que pode controlar a eletricidade. Num mundo onde tudo é manipulado, a coroa não pode permitir que isso saia de seu controle, então o que começa como o que Mare achava que seria um emprego normal, acaba levando-a a viver uma farsa.

Os personagens são complicados, a maioria (incluindo nesse grupo, a própria protagonista) não é explorada de uma forma muito profunda, o que torna difícil criar laços muito fortes com eles. Com mais dois livros pela frente, talvez a autora opte por ir uma camada além nesta esfera e finalmente entregar um desenvolvimento maior.
O mundo distópico criado por Victoria Aveyard é decerto muito inteligente, ela retira um pouco de cada universo - referências medievais, como lutas corpo a corpo; tecnologias futurísticas; opressão, questões de segregação e de classe, as quais facilmente identificaríamos na nossa realidade atual e em episódios da História e também política, manipulação da mídia, superpoderes. São muitos elementos que se juntam e conseguem se harmonizar, têm uma sintonia perfeita.

No começo, para quem leu a série de livros de A Seleção, é impossível não comparar as duas histórias e ver semelhanças, mas logo as histórias seguem caminhos completamente diferentes. E tal como nos livros de Kiera Cass, o romance vai dividir o leitor durante o livro, deixá-lo em dúvida até seus últimos momentos.
   
O começo da história é a parte mais difícil de se ler, parece maçante, porém quando as coisas começam a fluir, a vontade é de não parar mais até chegar ao final. 

Avaliação:
 

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