quinta-feira, 14 de maio de 2015

Leitura Obrigatória #2 - Memórias de um Sargento de Milícias

Leitores, como vão vocês? Aposto que já ouviram falar de Memórias de Um Sargento de Milícias, uma das obras mais marcantes da escola literária Romantista no Brasil. Este livro, escrito por Manuel Antônio de Almeida, é uma das obras obrigatórias de vestibulares por todo o Brasil, já que é singular em seu movimento literário. 


Memórias conta a história de Leonardinho, nascido de uma relação que surgiu de "um pisão" e "uma beliscada", que é um menino irrequieto, que apronta com todos. Leonardinho é abandonado pelos pais, deixado nas mãos dos padrinhos, a Comadre e o Barbeiro.  O cenário é o Rio de Janeiro, porém o Rio das classes mais baixas e não o da burguesia da época, que era o ambiente costumeiramente retratado em romances da época.
O desenrolar da história acompanha o crescimento de Leonardinho, que, desde pequeno, tem o perfil de um típico malandro e isso o leva a se envolver em muitas enrascadas durante todo o percurso. Apesar de muitas vezes se dar bem em suas façanhas, o moço tem um ponto fraco; a dificuldade, a insegurança no âmbito amoroso - daí surgem outras diferentes problemáticas.

Memórias de Um Sargento de Milícias é um livro que se contrapõe e ao mesmo tempo se conecta com o estilo da época: se contrapõe, em suma, no momento em que é apresentado um anti-heroi não idealizado, cenas que mostravam diversos "tipos" da população brasileira e utilizava uma linguagem coloquial; se conecta com o movimento literário quando retrata a busca do passado, os exageros, o retrato de uma identidade brasileira e a apresentação de um final feliz.

Dentre os livros obrigatórios, MUSM é um dos mais fáceis de se ler, por conta de todo dinamismo e do suspense trabalhado, o que torna a história ainda mais interessante. Para leitores que apreciam o humor inserido nos livros, a obra também os aprazerão.

Outros livros da literatura brasileira foram baseados na obra de Manuel de Almeida, como o também conhecido Macunaíma, de Mário de Andrade, onde é bem marcante a presença do anti-heroi trapalhão e do humor com um tom satírico ou de paródia.

Observação importante: O resumo e análise da obra não substituem sua leitura.

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