domingo, 24 de agosto de 2014

Como foi a minha Bienal 2014



Olá galera, como vão vocês? Já visitaram a Bienal dos Livros nesses três primeiros dias? Vocês ainda tem planos de visitar? Eu e a Gabi fomos ao evento ontem, dia 23, e foi uma loucura sem medidas! Ah, e se vocês não vai esse ano, não fique triste, daqui a dois anos tem mais (ou ano que vem, caso você vá na do Rio de Janeiro)!

Nesse post vou contar um pouco da minha experiência na Bienal de forma mais detalhada possível, para que vocês saberem um pouco mais sobre o como funcionou o evento neste sábado.


Bom, para começar, o nosso objetivo principal era ver a Cassandra Clare, como prioridade, e a Kiera Cass, então decidimos chegar bem cedo lá para garantir o nosso lugar na sessão de autógrafos. Combinamos de sair 6h30 da manhã de casa, sabendo que muitas pessoas madrugariam lá e quanto mais cedo chegássemos, melhor. Cerca de 3500 pessoas confirmaram presença no evento oficial da Galera Record, então já sabíamos que estaria disputadíssimo.
Vou confessar que mal dormi de ansiedade: tive apenas duas horas de sono, mas ainda sim estava dispota a enfrentar um dia inteiro no pavilhão do Anhembi. 

AO CHEGAR LÁ
Chegando lá, por volta de umas 7h30, dos deparamos com uma fila enoooorme, com uns 2km (sem brincadeira), que percorria o perímetro interno (as calçadas do lado de dentro) e grande parte do perímetro externo (as calçadas do lado de fora) do local. Nos encontramos com nossos amigos lá e pegamos lugar a uns 30 metros da entrada do local, já que um amigo do nosso amigo havia chegado por volta das 5h e estava guardando nosso lugar lá.

Era perto de 9h35 quando começou o empurra-empurra e a aglomeração perto do portão principal, todos esmagados uns contra os outros, tudo para garantir um lugarzinho na fila das senhas. Lá pelas 9h45, abriram o portão, porém foram deixando "pequenas porções" de pessoas passarem por vez, talvez para ninguém ser pisoteado (o que não mudou nada para quem estava sendo esmagado), e lá fui eu.
Meu único obstáculo foi a catraca, onde tinha que passar o ingresso e foi o que me atrasou mais (e olha que passei uns 30 segundos lá). Eu já havia estudado o mapa do local durante a semana, então já sabia em que direção correr. Corri como nunca fiz em toda minha vida, assim como várias outras pessoas e chegando perto do estande da Galera, onde estava marcado para ser a distribuição de senhas, funcionários informavam em voz alta que a fila seria organizada um pouco mais adiante no pavilhão, que deveríamos continuar correndo até chegar lá.

E OS PROBLEMAS COMEÇAM
É aí que começaram os problemas, a fila estava sendo formada em uma espécie de zigue-zague, organizada pelas próprias pessoas que entravam nela, já que não havia nenhum tipo de delimitação para deixá-las alinhadas ou isolá-las, impedindo assim que outras pessoas furassem fila. Graças a esse "pequeno" probleminha de falta de organização, começou um tumulto, principalmente de pessoas furando fila e entrando na frente de pessoas que chegaram ali de modo justo. Os funcionários da editora perderam a cabeça e se exaltaram, ameaçando não distribuir mais as senhas e pedindo calma (sendo que os mesmos não estavam calmos).
Paralisaram a entrega das senhas por pelo menos uma hora, até voltarem a entregar novamente e o tumulto ressurgir. Enquanto isso, liguei para minhas amigas, para saber onde elas estavam, já que estávamos separadas.

Vejam só o número de pessoas que estavam na fila, mais perto do começo dela. À esquerda, eram as pessoas que estavam na minha frente.
 
 Agora observem o número de pessoas que estavam depois de mim na fila.

Sinceramente, estou decepcionada tanto com a Galera, que deveria ter se organizado previamente para o evento (já que eles tinham até a previsão do número de pessoas que tentariam comparecer), quanto com esses fãs que estavam furando fila, sem ter um pingo de caráter ou respeito.
Muitos de nós que estavam ali deixaram de comer, de dormir, madrugaram na frente do pavilhão, acamparam no local, todo esse esforço para conseguir uma senha. Vocês aí que só estavam pensando no próprio umbigo deveriam lembrar disso. Conheci na fila uma menina que veio de NATAL, isso mesmo, do Rio Grande do Norte, só pra ver a Cassandra e chegou às 3 horas da manhã e aí vêm pessoas que chegaram às 10h e passam na frente injustamente, sem ter a menor consideração com ninguém. Para quem culpa apenas a editora, deve saber que não foi apenas erro dela, o maior erro foi das pessoas desrespeitosas.

Essa confusão continuou até um ponto em que todos estavam se empurrando, pessoas passavam mal, desmaiavam e as senhas acabaram. Não havia nem 300 pessoas na minha frente  e, de repente, não havia mais senhas, sendo que nem metade da fila (da parte que estava na minha frente) havia pego sua pulseirinha.

Obrigada a você, querido furador de fila, sua educação está lá no ralo, sinceramente, pra que você lê? Pra fingir que é alguém culto ou conceituado, sendo que não aprende os mínimos valores humanos, nem ao menos nos livros?

Enquanto os fãs que estavam na frente perdiam a cabeça, uma média de duas mil pessoas que ocupavam lugares bem desvantajosos na fila desistiram. A equipe da Galera perdia a cabeça e estava mal informada. Falavam que não haveria mais senhas, porém nos fecharam com grades num retângulo e não nos deixavam sair mais. A cada momento nos diziam alguma coisa diferente: "vão dobrar o número de senhas de hoje", "vão distribuir senhas para o painel da Cassandra" (que por acaso era aberto ao público, logo não necessitava de senha), "todos que estão aqui dentro [das grade] receberão senhas" e o mais corriqueiro "não haverá mais senhas".
Todos ali estavam se sentindo injustiçados, já que estávamos presos, sendo empurrados, sob a organização de pessoas desorientadas, basicamente em condições subumanas.
Continuamos lá até 12h40, até que foi anunciado, finalmente, que haveriam mais senhas, só que o número de livros a sem autografados passariam de dois para um por pessoa.
 
O marca página dentro do livro Cidade de Vidro é o que nos foi dado como senha.

No mesmo empurra-empurra foi montada uma "fila" mais organizada, onde cada um recebeu um marca página da editora carimbado na parte de trás, que seria nossa senha.



E DEPOIS...
Passado todos esse drama, depois de 3 horas nessa situação péssima, conseguimos nossa senha e fomos descansar, já que estávamos de pé desde que entramos ali. Fomos para o fundo da arena, já que lá estava menos tumultuado e nos sentamos para comer. Lembrando: levem comida de casa, lá os preços estão absurdos, os lanches estão saindo mais caros que livros. Um exemplo é o de um copo de suco + um hot dog = R$ 15,00.

Depois de termos nos alimentado, fomos para a fila do espaço de autógrafos. Isso era 13h20, mais ou menos, sendo que os autógrafos estavam programados para as 15h30. A fila estava pequena e bem organizada quando chegamos, o que nos deixou mais contentes.
Vi o bate-papo da Cassie bem de longe, já que estava a uns 80 metros de distância e devo reclamar que o sistema de áudio do local era super precário, já que mesmo com microfone, só que estava pertinho, dentro da Arena Cultural (que nem é tão grande), conseguia escutar.
Por volta do horário previsto para a sessão começar, funcionários nos guiaram até outro ambiente, por trás do "pano branco" que delimita a área leste da Bienal e as filas estavam bem organizadas desta vez, com grade, coisa que comparada ao desastre que havia sido pela manhã, foi ótimo (e reconfortante).

SESSÃO DE AUTÓGRAFOS
Dali a pouco vimos a Cassie chegando e o coração já começou a disparar. A fila andava rápido já que você não podia conversar nem pausar para tirar foto ao lado dela; havia tempo apenas para dizer algumas palavras enquanto ela autografava e o fotógrafo oficial tirava fotos desse momento.
Quando eu vi que ia ser a próxima, simplesmente não conseguia acreditar, o segurança foi super grosso falando "não vai abrir o livro não?", mas eu ignorei isso de tão feliz que estava.

CASSANDRA CLARE, É VOCÊ?
Cheguei em frente a Cassandra e ela me recebeu com um sorriso, olhando diretamente nos meus olhos e eu pude sentir que ela estava feliz, fazendo aquilo com um prazer imenso. Imediatamente soltei um "Hey Cass, how are you?" e ela irradiou com um sorriso lindo, pegando o livro da minha mão, e disse "Oh, I'm so fine" e eu dei um "awn" rindo de orelha a orelha. Me virei para o fotógrafo, sorri e me voltei para ela novamente, que me olhou nos olhos e disse "It's so nice to meet you" e eu, sem acreditar "It's so nice to meet you too", ela disse "Thank you so much" e eu "Thank you" e tive que sair.

MELHOR MOMENTO EVER. Demorou tanto para cair a ficha. A Cassandra foi tão fofa e carinhosa nesses 30 segundos de interação e ainda desenhou um coração abaixo da assinatura, coisa que eu não vi nos outros livros autografados, e isso fez eu me sentir tão especial.

HORA DE COMPRAR

Depois da sessão de autógrafos, fomos visitar os estandes das editoras em busca das inúmeras ofertas das quais ouvimos falar que haveriam. Outro ponto negativo: oferta que é bom? Nada.
Havia um estande com livros por R$ 3,00, porém nada de livros "de nome". Fomos nos estande das editoras grandes, mas entramos apenas em algumas como a Leya (onde os livros estavam mais caros até do que na livraria, salvo um ou outro) e a Galera.

Na Galera, os livros estão caros, porém com desconto progressivo: comprando um livro, você levava 10% de desconto, dois livros 20% e três livros ou mais você leva 30% de desconto em cada um. Comprei dois livros lá, que vou mostrar para vocês mais para o final do post, mas mesmo assim, vale mais a pena comprar os livros na internet, se for considerar o custo benefício.
Na Intrínseca havia fila para entrar, tanto pelo estande não ser tão grande quanto pelo fato de estar acontecendo uma sessão de autógrafos com a Isabela Freitas. Na Novo Conceito também havia fila e também estava acontecendo sessão de autógrafos; não entrei lá, mas aparentemente havia inúmeros títulos em promoção, como alguns livros num tamanho pocket por R$3,00 e R$5,00. O estande da Rocco estava fechado, provavelmente porque em poucos minutos haveria sessão de autógrafos ali.

Consumidas pelo cansaço acabamos não vendo o bate-papo com a Kiera e as senhas para os autógrafos nem chegamos a pegar, graças ao problema para as senhas da Cassandra.

Para quem vai no evento nos próximos dias, recomendo irem bem cedo e durante a semana, pois provavelmente estará mais vazio e você poderá transitar com mais calma. Leve comida e muita água, já que o espaço é muito abafado e lá dentro é tudo muito caro. O preço da água foi de R$4,00, minhas amigas compraram sorvete da Kibon, naqueles carrinhos, pelo mesmo preço. Passando em frente ao Spoleto, vi pratos por R$ 29,90. Uma amiga comprou um açaí pequeno por R$ 7,00. Além disso, há filas em todos restaurantes.


Os estandes de mangás pelos quais passamos estavam lotados e inclusive pareciam estar com muitas promoções. Quanto mais cedo você for, mais chances de pegar brindes e marcadores das editoras.



MINHAS COISAS E COMPRAS

 
Comprei no Estande da Galera Record dois livros: Princesa Adormecida, último lançamento da Paula Pimenta e As Herdeiras, da autora Joanna Philbin. A capa de Princesa Adormecida é tão, tão linda e por conhecer outros livros da autora, já sei que não vai me decepcionar. Paguei R$14,00 nele. Já As Herdeiras, li rapidamente a sinopse e o elogio da Cecily Von Ziegesar, autora de Gossip Girl atrás, me deixou com muito mais vontade de comprá-lo. Me arrependi depois um pouco pelo preço, 23 reais.

Ao passar pelo caixa, peguei inúmeros marcadores de página. O marcador de Cidade das almas Perdidas também é do Estande, porém ele eu ganhei de uma mulher com quem eu estava conversando na fila para a Sessão de Autógrafos.

 
Recebi também, da mãe de uma blogueira, esse livrinho no estilo vira-vira com o primeiro capítulo de ALMANOVA e Ah, o Verão da editora Valentina, junto com alguns marcadores do blog.

Enfim, essa foi a minha Bienal dos Livros, minha primeira, que foi uma miscelânea de emoções, mas que valeu muito a pena. Se eu passaria por isso tudo de novo numa bienal? Talvez. Porém espero que isso (o transtorno) não volte a acontecer nunca mais. Foi bom enquanto durou, até a próxima bienal!

Se vocês tiverem alguma pergunta, é só mencionar lá no twitter ou no insta que a gente responde! Sigam-nos em @halldoslivros

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