quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Como foi minha Bienal 2014 #2

Dificilmente, para mim, alguma outra bienal chegará a ser tão extraordinária como essa, por conta da Cassandra Clare. Conhecer uma das minha autoras favoritas, além de passar horas em meio a tantas pessoas que gostam de livros, junto dos meus amigos, foi sensacional. 


Porém algo me me marcou muito nessa Bienal para o mal foi a falta de organização. 
Para começar, na fila do lado de fora não havia uma delimitação, fazendo com que se formasse um bolo de pessoas ao redor do portão principal. Graças a isso, a minha entrada na bienal foi através de empurrões, dados por pessoas desesperadas para entrar, e a tentativa de não deixar com que os outros passassem na minha frente. 

Passado isso, na fila para a senha para a Cassandra não havia seguranças o suficiente para controlar as pessoas e organizar tudo e, por fim, não existia mais fila e sim um aglomerado de pessoas se empurrando. 
Tentando resolver isso os funcionários da Galera cercaram uma parte desse bolo de gente e falaram que haveria senha para todos que estavam lá (isso me fez sentir como se eu fizesse parte de um rebanho de ovelhas, sqn). Com isso, o pessoal se afastou um pouco mais e finalmente me encontrei com a Yasmin e outros amigos meus, que haviam se perdido na confusão da entrada e da hora da senha. 
Quando eu pensava que as minhas horas de ser esmagada por completos desconhecidos havida passado, uma funcionária da Galera Record passou avisando que não haveria mais senhas para o autógrafo, mas somente para o bate-papo da Cassandra na Arena Cultural. Sinceramente fiquei com dó da pobre coitada que foi levar essa notícia, nunca vi alguém ser tão xingado por algo que não era sua culpa, até porque não foi ela que nos falou que todos teriam senha.
Nós resolvemos ir para a fila da senha do painel, ao invés de sair de lá como muitas outras pessoas, até porque havia ainda uma certa esperança por parte de todos nós de conseguir o autógrafo e após mais alguns momentos sendo empurrada e de me perder dos meus amigos, consegui a senha (um marca páginas com um carimbo de "cancelado"). Sai de lá pulando de felicidade, até finalmente encontrar os meus amigos e compartilhar a nossa alegria. 

Esperamos até, mais ou menos, 14:00 para ir procurar o local de autógrafos e acabamos não conseguindo assistir o bate-papo da Cassandra, apenas observando de longe tudo sem ao menos escutar o que ela estava falando (devido ao péssimo sistema de áudio do local). Uns 15 minutos antes da sessão começar, nós fomos guiados até o local de autógrafos. A minha felicidade, naquele momento, foi ver aquela cabecinha vermelha entrar e sentar na mesa aonde estavam sendo dados os autógrafos.

Sobre o encontro: não posso dizer que foi nada menos que perfeito. A Cassandra é um amor de pessoa e realmente não sei onde foi que eu encontrei palavras para falar com ela. Foi uma conversa curta, mas melhor do que nada. Ela achou a edição brasileira de Princesa Mecânica linda e eu falei para ela que eu achava o livro perfeito e era o meu favorito dela. Ela agradeceu e falou que ficava muito feliz de escutar isso e aí eu tive que sair infelizmente. 
Saindo de lá, finalmente fui aproveitar a bienal. Ou pelo menos tentar. Estava LOTADO! Com filas intermináveis para entrar em estandes de editoras mais conhecidas (Galera Record, Novo Conceito, Intrínseca, Rocco etc...) e mesmo os outros, menores, estavam cheios demais e com filas enormes para pagar. Acabei entrando em poucos estandes.
Em relação ao preço dos livros eu não achei que tinha tanta vantagem assim comprar livros lá, as editoras em sua grande maioria estavam mantendo o mesmo preço das livrarias físicas e algumas davam um desconto progressivo. Em 2012 eu achei que os preços estavam bem mais em conta do que estavam esse ano, além da bienal estar bem mais vazia o que me ajudou na busca de livros baratos. 

Para mim foi um ótimo negócio comprar esses livros, por conta de eu somente fazer compras em livraria física. No estande da Galera, à partir de 3 livros tinha o desconto de 30% e ainda com o direito de um descontinho a mais na hora de fechar a conta no caixa. 
Apesar de tudo, eu consigo reconhecer que a bagunça causada no dia 23 foi necessária para que as coisas passassem a funcionar melhor daqui pra frente nas bienais, tanto na de São Paulo quanto na do Rio de Janeiro. Já estou contando os dias para a próxima de São Paulo e ansiosa para saber as novas surpresas e loucuras que vou sofrer lá. 

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